sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Deimos e Fobos

 
  Fobos (em grego: φόβος, medo, derivado: fobia) é fruto da união entre os deuses gregos Ares e Afrodite. Irmão Gêmeo de Deimos, Simboliza o temor e acompanha Ares nos campos de batalha, injetando nos corações dos inimigos a covardia e o medo que fugiam.

Deimos (pânico) é uma figura da mitologia grega. Na Teogonia, de Hesíodo, ele é um dos três filhos de Ares e de Afrodite (Cytherea), sendo irmão de Fobos, o medo, e Harmonia, que se casou com Cadmo. O terrível Deimos é a personificação do Pânico e acompanhava seu pai e seu irmão Fobos, fazendo as tropas abandonarem a formação e fugirem desordenamente.

Dirigiam o carro de seu pai, uma quadriga de cavalos de esqueleto de ferro que soltavam fogo pelas narinas. Como filhos de Afrodite, deusa do amor, os gêmeos também representaram o medo da perda.

ANDRÓGINOS

  No início, a raça dos homens não era como hoje, era diferente, não haviam apenas dois sexos. Segundo o livro "O Banquete", de Platão, existiam três criaturas míticas proto-humanas.
No livro, o comediógrafo Aristófanes descreve como haveriam surgido os diferentes sexos.
Havia antes três seres: Andros, Gynos e Androgynos, sendo Andros uma entidade masculina composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas, Gynos entidade feminina mas com características semelhantes, e Androgynos composto por metade masculina, metade feminina.

A Mitologia Grega conta que Zeus declarou guerra ao seu pai Cronos e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos dois lados chegava ao triunfo. Gaia foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os Ciclopes e os Hecatônquiros filhos de Gaia.
Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Todavia, Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs, que Zeus voltou a aprisionar no fundo do Tártaro. Gaia então se revoltou com a traição de Zeus e lançou mão de todas as suas armas para destrona-lo.
Como vingança ela pariu incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna vertebral terminado em duas cabeças, além de possuir os órgãos genitais femininos e masculinos.
Essa criatura primordial era redonda: suas costas e seus lados formavam um círculo e ela possuía quatro mãos, quatro pés e duas cabeças com duas faces exatamente iguais, cada uma olhando numa direção, pousada num pescoço redondo. A criatura podia andar ereta, como os seres humanos fazem, para frente e para trás.

Mas podia também rolar sobre seus quatro braços e quatro pernas, cobrindo grandes distâncias, velozes como um raio de luz. Eram redondos porque redondos eram seus pais: o homem era filho do Sol. A mulher, da Terra. E o par, um filhote da Lua.
Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes da Terra, sua força era extraordinária e seu poder imenso. E isso tornou-os ambiciosos, levando-os a desafiar os Deuses e a escalar o Monte Olimpo com a intenção de destronar Zeus e destruir os Deuses.
Reunidos no conselho celeste, Zeus aconselhado por Têmis, decidiu que ele e os demais Deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio, para que se tornassem menos poderosos, sem precisar aniquila-los.
Pois aniquilar as criaturas significaria ficar sem os sacrifícios, as homenagens e a adoração. Mas insolência das criaturas era totalmente inadmissível, e por isso deveriam ser castigadas.

Portanto o Grande Zeus decidiu deixa-los viver, mas divididos para torna-los mais humildes e fracos e assim diminuir seu orgulho fazendo-os andar sobre duas pernas, diminuindo sua força e poder, com a vantagem de aumentar seu número. A medida que as criaturas eram cortadas em dois.
Apolo ia virando suas cabeças, para que pudessem contemplar eternamente sua parte amputada, como uma lição de humildade. Apolo também curou suas feridas, deu forma ao seu tronco e moldou sua barriga, juntando a pele que sobrava no centro formando o umbigo, para que eles lembrassem do que haviam sido um dia.
Seccionado Andros, originaram-se dois homens, que apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um pelo o outro. O mesmo ocorrendo com os outros dois seres Gynos e Androgynos. Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos às lésbicas e Androgynos aos heterossexuais.

Segundo Aristófanes, seriam então dividos aos terços os heterossexuais e homossexuais, homem, mulher e a união dos dois.
E foi aí que as criaturas começaram a morrer. Morriam de fome e de desespero. Abraçavam-se e deixavam-se ficar assim até a morte. E quando uma das partes morria, a outra ficava à deriva, procurando, procurando...até morrer também.
Zeus ficou preocupado com o destino das criaturas, pois se isso continuasse elas acabariam por se extinguir, então aconselhado por Têmis, ele ordenou a Apolo que virasse as partes reprodutoras dos seres para a sua nova frente, para que através do ato sexual pudessem estar novamente unidos ainda que por alguns momentos. Se antes, eles copulavam com a terra de agora em diante, se reproduziriam entre eles, um homem numa mulher. Num abraço, assim a raça não morreria e os Deuses continuariam a ser adorados e reverenciados.

As criaturas poderiam continuar vivendo e com o tempo eles esqueceriam o ocorrido e apenas perceberiam seu desejo por sua outra parte. Um desejo jamais inteiramente saciado no ato de amar, porque mesmo derretendo-se no outro pelo espaço de um instante, a alma saberia, ainda que não conseguisse explicar, que seu anseio jamais seria completamente satisfeito. E a saudade da união perfeita renasceria, nem bem os últimos gemidos do amor se extinguissem.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Cérbero

  Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina, irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão da Nemeia e a Esfinge.

A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Eneias e Psiquê.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.


Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Cérbero, quando a dormia, estava com os olhos abertos, porém, quando o mesmo está de olhos fechados, estava acordado.


Euristeu, sabendo que Héracles só ficaria mais um ano sob suas ordens, estava desesperado de medo e, para seu décimo segundo trabalho, ordenou-lhe que descesse ao reino de Hades e trouxesse de volta o cão tricéfalo, Cérberus, que guardava as portas do inferno. Isto, tinha certeza, estava acima de suas forças; e o próprio Héracles duvidava que conseguisse realizar essa temerária e perigosa façanha. Ofertou grandes sacrifícios aos deuses, pedindo sua proteção; suas preces foram ouvidas. A deusa Atena, e Hermes, mensageiro dos deuses, apresentaram-se a ele, acompanhando-o até à sombria caverna, pelo túnel longo e escuro que levava às portas do Mundo Subterrâneo. Ao percebê-los, as três cabeças de Cérbero puseram-se a uivar de maneira horrível, o que chamou a atenção de Hades; mas ao ver um deus e uma deusa em companhia de Héracles, perguntou-lhes o que procuravam.

- Meu senhor Euristeu ordenou-me de levar à terra o cão tricéfalo Cérbero que guarda esta porta, disse Héracles, e é pela vontade de Zeus, senhor da terra e do céu, que eu lhe obedeço. Deixe-me levar seu cão de guarda para poder cumprir as ordens recebidas. Prometo-lhe que Cérbero nada sofrerá e lhe será restituído, são e salvo. Hades fechou a carranca e respondeu:
- Se você for capaz de carregar Cérbero nos ombros, sem feri-lo, então poderá levá-lo ao seu senhor Euristeu; mas, prometa trazê-lo de volta, ileso.
Então Héracles aproximou-se de Cérbero e, apesar de suas três enormes bocarras guarnecidas de dentes afiados e cruéis, ergueu o animal aos ombros e subiu pelo caminho que levava da caverna tenebrosa à luz do dia. O caminho era longo, áspero e íngreme, e pesada a sua carga; as três cabeças rosnavam e mordiam, durante todo o trajeto, porém Héracles, concentrando-se no pensamento de próxima libertação, não lhes dava atenção. Afinal chegou a Micenas. Euristeu ficou tão apavorado quando soube que Héracles trazia nos ombros o terrível cão tricéfalo, que se escondeu debaixo da cuba de bronze, mandando-lhe uma mensagem na qual lhe ordenava que se afastasse de Micenas para todo o sempre. Então, de coração leve, dirigiu-se Héracles para a caverna. Desceu pelo longo túnel e depositou Cérbero às portas do Inferno.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A tragédia de Creta   

   A história se inicia na Fenícia, quando Zeus se apaixona por Europa, a princesa filha de Agenor. Zeus se transforma em um touro, afim de se aproximar de Europa. Ele a rapta e a leva pra Creta. Depois se casa com o rei Asterión e se torna rainha de Creta.


Entre seus filhos, está Minos, que após a morte do rei, reinvindica a coroa.  Na disputa com seus irmãos, pede um sinal aos Deuses, e Poseidon envia um touro branco como sinal de que deveria ser ele o rei, e após sua coroação ele deveria sacrificar o touro em sua homenagem. 

Já rei, Minos ignora a oferenda, e como punição, Afrodite faz com que sua esposa Pasífae se apaixone pelo touro. 
A rainha procura o engenhoso Dédalo pra que construa uma vaca de madeira, pra que ela possa copular com o touro. Dédalo obedece e a rainha copula com o touro. Dessa união nasce o Minotauro. 

Pasífae cuida dele nos primeiros anos, mas com o tempo ele se torna feroz e mostra apetite por carne humana. Minos então ordena a Dédalo que construa uma prisão para o monstro. Dédalo constrói o labirinto. Creta a esta época dominava outras cidades da Grécia, incluindo Atenas. Seu filho Androgeu, famoso por vencer jogos  Panatenaicos, aguça a inveja de Egeu, rei de Atenas que manda assassina-lo.Como vingança Minos obriga que mandem num determinado período sete jovens e sete donzelas, afim de aplacar a fome do Minotauro.

Teseu, filho de Egeu se coloca entre os jovens e promete matar o Minotauro, e faz a promessa, que quando retornasse seu barco teria velas brancas acesas para simbolizar seu sucesso, caso contrário seriam velas pretas. Egeu então, pede que ele leve sua espada de ouro. Chegando a Creta, Teseu percebe o olhar apaixonado de Ariadne, filha de Minos, e resolve corresponder o afair, pois o Oráculo de Delfos profetizou que apenas o amor mataria o Minotauro. A princesa Ariadne o visita durante a noite, e com a promessa que em caso de vitória, Teseu a levaria com ele, lhe entrega um novelo de lã e instruções de Dédalo para que conseguisse sair do labirinto. No outro dia, Teseu mata o Minotauro com a espada de ouro, usa o novelo de lã para se guiar e sair do labirinto, volta pra Atenas com Ariadne.

Ao saber da traição de Dédalo, o Rei Minos ordena que ele e seu filho Ícaro sejam aprisionados no labirinto.
Nesse meio tempo o barco de Teseu faz uma parada em Naxos, umas das ilhas preferidas de Dionísio. Teseu parte na manhã seguinte,  e deixa Ariadne para trás. Dionísio a rapta e torna sua esposa. Segundo certa versão, após sua morte, Dionísio a transforma na constelação de Corona Borealis. Teseu chega a Atenas, mas se esquece da promessa de acender as velas brancas, e seu pai, Egeu, ao avistar o barco sem as velas, entende que seu filho morreu e de tristeza se joga ao mar. Em sua homenagem o mar recebe seu nome : Mar Egeu.

Enquanto isso em Creta, Dédalo já arquitetava sua fuga, usando cera e penas, para construir asas artificiais para si e seu filho. Apesar de avisar Ícaro, que não se aproximasse do sol, afim de não derreter a cera, este não deu ouvidos e acabou morrendo. Dédalo chega a ilha da Sicília e oferece seus serviços ao rei Cócalo em troca de proteção, e é atendido. Minos ao saber da fuga, resolve ir buscá-lo, e exige que Cócalo o entregue. Cócalo concorda, oferece hospedagem e um banquete para Minos. Porém, quando Minos foi banhar-se, Cócalo o mata com águas ferventes. Ao devolver seu corpo aos cretenses, diz que ele se afogou.
Teseu se tornou rei de Atenas. Alguns historiadores, acreditam ter  existido um “Teseu”, que libertou Atenas de Creta. Teseu morreu muito tempo depois, mas essa é outra história ...

Píramo e Tisbe

    O conto de Píramo e Tisbe pode ser considerado como a influência que Shakespeare teve para elaborar sua mais famosa obra: Romeu e Julieta. A história se passa entre dois jovens belos e muito apaixonados, Píramo e Tisbe, que queriam muito casar, porém seus pais não permitiam.

Esses jovens moravam em casas vizinhas, separadas por uma parede. Nessa parede havia uma fresta onde os apaixonados trocavam palavras de amor. Em certo dia, decidiram se encontraram a noite e  que a única alternativa que tinham para ficar juntos era fugir de suas casas e então combinaram de se encontrar no túmulo de Nino, fora dos limites da cidade, ao pé de uma amoreira branca e próxima a uma fonte refrescante.

Tisbe chegou primeiro ao local e de repente uma leoa chegou bem próximo com a boca ensangüentada querendo se molhar na fonte. Tisbe correu e escondeu em uma gruta, deixando seu véu cair sobre a terra. A leoa viu o véu e o rasgou com os dentes ensangüentados.

Quando Píramo chegou e não achou Tisbe, viu as pegadas do felino e o véu de sua amada todo rasgado e ensangüentado, se desesperou e entendeu que a leoa havia despedaçado seu amor, se sentiu culpado por ter se atrasado e  decidiu morrer, pois não viveria sem ela, desembainhou sua espada e feriu o próprio coração.

Quando Tisbe retornou ao local se deparou com o amado morto, entendeu a situação e decidiu também morrer junto com ele. Segundo a mitologia, foi por causa do sangue dos apaixonados que foi derramado aos pés da amoreira que os deuses se comoveram e decidiram dar a cor vermelha às amoras.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Clóris/Flora.  Deusa da Primavera

   Clóris era um dinvidade grega, que foi agregada posteriormente a mitologia romana como Flora.
Clóris ,significando verde-claro, verde-pálido, pálido ou fresco, na mitologia grega, era a deusa da primavera, que presidia à formação dos brotos e das flores, e da qual o vento do inverno - Bóreas, que vem do norte - e o vento primaveril - Zéfiro, do leste, tornaram-se amantes e rivais; havendo ela escolhido ao último, dele tornou-se esposa fiel.

Era a uma das Horas, sendo Clóris o seu título, e equivalia à romana Flora.
Clóris era uma ninfa dos campos, até que, em uma primavera, ela foi raptada pelo deus-vento Zéfiro, depois que Bóreas, irmão de Zéfiro, havia raptado a filha de Erecteu. Apesar do estupro, Zéfiro a tratou bem, chamando-a de noiva, e não tinha mais queixas do deus, que deu-lhe um jardim de flores.
Flora, na mitologia romana, é uma ninfa das Ilhas Afortunadas. Esposa de Zéfiro e deusa das flores.

Flora é a potência da natureza que faz florir as árvores e preside a “tudo que floresce”. A lenda pretende que Flora foi introduzida em Roma (tal como Fides) por Tito Tácito, juntamente com outras divindades sabinas. Era honrada quer por populações itálicas não latinas como latinas. Algumas populações sabinas tinham-lhe consagrado um mês, o correspondente a Abril do calendário romano.

Ovídio relacionava com o nome de Flora um Mito helênico, supondo que, na realidade, ela era uma ninfa grega denominada Clóris. Num dia de Primavera em que Flora errava pelos campos, o deus do vento, Zéfiro, viu-a, apaixonou-se por ela e raptou-a. Desposou-a, em seguida, num casamento público. Zéfiro concedeu a Flora, como recompensa e por amor, o reinar sobre as flores, não só sobre as dos jardins como, também, sobre as dos campos cultivados. O mel é considerado como um dos presentes que Flora ofertou aos homens, tal como as sementes das inumeráveis variedades de flores. Ao narrar esta lenda, de que é talvez o inventor, Ovídio refere explicitamente o rapto de Orítia por Bóreas.

Este rapto é, sem dúvida, o seu modelo, mas acrescenta-lhe um episódio singular; é Flora quem está na origem do nascimento de Marte(Ares). Juno(Hera), irritada com o nascimento de Minerva(Athena), saída espontaneamente da cabeça de Júpiter(Zeus), quis conceber um filho sem o auxílio de um elemento masculino. Dirigiu-se a Flora, que lhe deu uma flor cujo simples contacto era suficiente para fecundar uma mulher. Foi assim que Juno(Hera), sem se unir a Júpiter(Zeus), deu à luz o deus cujo nome é o do primeiro mês de Primavera.

Flora tinha um sacerdote particular em Roma, um dos doze flâmines menores, que eram considerados como instituídos por Numa. Celebravam-se em sua honra as Floralia, caracterizadas por jogos em que participavam as cortesãs. Flora é o nome da fada das flores.

Reia/Rea/Rhea


    Na mitologia grega, Reia (anteriormente Réia) é uma deusa titânica, filha de Urano e de Gaia. Na mitologia romana é identificada como Ops, uma das manifestações da Deusa mãe, semelhante a Magna Mater para os romanos.
Irmã e esposa de Cronos, gerou nesta ordem, segundo Pseudo-Apolodoro, Hera (a mais velha), seguida de Deméter e Héstia, seguidas de Hades e Posseidon; o próximo a nascer, Zeus, foi escondido por Reia em Creta , que deu uma pedra para Cronos comer . Higino enumera os filhos de Saturno e Ops como Vesta, Ceres, Juno, Júpiter, Plutão e Netuno, ele também relata uma versão alternativa da lenda, em que Saturno encerra Orco no Tártaro e Netuno em baixo do mar, em vez de comê-los.

Por ser mãe de todos os deuses do Olimpo, é conhecida como Mãe dos Deuses. É uma deusa relacionada com a fertilidade; isso acarreta uma relação errônea com a deusa Cibele; que é a Mãe Terra original da Ásia Menor, e tardiamente adaptada a mitologia romana.


Devido a um oráculo de Urano, que profetizara que Cronos seria destronado por um dos filhos, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Reia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, Reia escondeu-o numa caverna no Monte Ida em Creta ao cuidado dos assistentes curetes posteriormente sacerdotes e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Cronos engoliu-a, pensando ser o filho. Há diversas versões sobre quem criou Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamanteia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amalteia). Ao atingir a idade adulta, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.


Seguindo a ascensão do filho Zeus ao status de rei dos deuses, ela contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.
Na Ásia Menor, era conhecida como uma deusa terrestre, sendo venerada com ritos orgíacos. O nome significa "fluxo", aparentemente em referência à menstruação feminina, e "reconforto", talvez em referência aos partos fáceis