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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A tragédia de Creta   

   A história se inicia na Fenícia, quando Zeus se apaixona por Europa, a princesa filha de Agenor. Zeus se transforma em um touro, afim de se aproximar de Europa. Ele a rapta e a leva pra Creta. Depois se casa com o rei Asterión e se torna rainha de Creta.


Entre seus filhos, está Minos, que após a morte do rei, reinvindica a coroa.  Na disputa com seus irmãos, pede um sinal aos Deuses, e Poseidon envia um touro branco como sinal de que deveria ser ele o rei, e após sua coroação ele deveria sacrificar o touro em sua homenagem. 

Já rei, Minos ignora a oferenda, e como punição, Afrodite faz com que sua esposa Pasífae se apaixone pelo touro. 
A rainha procura o engenhoso Dédalo pra que construa uma vaca de madeira, pra que ela possa copular com o touro. Dédalo obedece e a rainha copula com o touro. Dessa união nasce o Minotauro. 

Pasífae cuida dele nos primeiros anos, mas com o tempo ele se torna feroz e mostra apetite por carne humana. Minos então ordena a Dédalo que construa uma prisão para o monstro. Dédalo constrói o labirinto. Creta a esta época dominava outras cidades da Grécia, incluindo Atenas. Seu filho Androgeu, famoso por vencer jogos  Panatenaicos, aguça a inveja de Egeu, rei de Atenas que manda assassina-lo.Como vingança Minos obriga que mandem num determinado período sete jovens e sete donzelas, afim de aplacar a fome do Minotauro.

Teseu, filho de Egeu se coloca entre os jovens e promete matar o Minotauro, e faz a promessa, que quando retornasse seu barco teria velas brancas acesas para simbolizar seu sucesso, caso contrário seriam velas pretas. Egeu então, pede que ele leve sua espada de ouro. Chegando a Creta, Teseu percebe o olhar apaixonado de Ariadne, filha de Minos, e resolve corresponder o afair, pois o Oráculo de Delfos profetizou que apenas o amor mataria o Minotauro. A princesa Ariadne o visita durante a noite, e com a promessa que em caso de vitória, Teseu a levaria com ele, lhe entrega um novelo de lã e instruções de Dédalo para que conseguisse sair do labirinto. No outro dia, Teseu mata o Minotauro com a espada de ouro, usa o novelo de lã para se guiar e sair do labirinto, volta pra Atenas com Ariadne.

Ao saber da traição de Dédalo, o Rei Minos ordena que ele e seu filho Ícaro sejam aprisionados no labirinto.
Nesse meio tempo o barco de Teseu faz uma parada em Naxos, umas das ilhas preferidas de Dionísio. Teseu parte na manhã seguinte,  e deixa Ariadne para trás. Dionísio a rapta e torna sua esposa. Segundo certa versão, após sua morte, Dionísio a transforma na constelação de Corona Borealis. Teseu chega a Atenas, mas se esquece da promessa de acender as velas brancas, e seu pai, Egeu, ao avistar o barco sem as velas, entende que seu filho morreu e de tristeza se joga ao mar. Em sua homenagem o mar recebe seu nome : Mar Egeu.

Enquanto isso em Creta, Dédalo já arquitetava sua fuga, usando cera e penas, para construir asas artificiais para si e seu filho. Apesar de avisar Ícaro, que não se aproximasse do sol, afim de não derreter a cera, este não deu ouvidos e acabou morrendo. Dédalo chega a ilha da Sicília e oferece seus serviços ao rei Cócalo em troca de proteção, e é atendido. Minos ao saber da fuga, resolve ir buscá-lo, e exige que Cócalo o entregue. Cócalo concorda, oferece hospedagem e um banquete para Minos. Porém, quando Minos foi banhar-se, Cócalo o mata com águas ferventes. Ao devolver seu corpo aos cretenses, diz que ele se afogou.
Teseu se tornou rei de Atenas. Alguns historiadores, acreditam ter  existido um “Teseu”, que libertou Atenas de Creta. Teseu morreu muito tempo depois, mas essa é outra história ...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

 Minotauro

   Na mitologia grega, o Minotauro (em grego: Μῑνώταυρος; em latim: Minotaurus; em etrusco: Θevrumineś), era segundo sua representação mais tradicional entre os gregos antigos, uma criatura imaginada com a cabeça de um touro sobre o corpo de um homem. O autor romano Ovídio descreveu-o simplesmente como "parte homem e parte touro." Habitava o centro do Labirinto, uma elaborada construção erguida para o rei Minos de Creta, e projetada pelo arquiteto Dédalo e seu filho, Ícaro especificamente para abrigar a criatura. O sítio histórico de Cnossos, com mais de 1300 compartimentos semelhantes a labirintos, já foi identificado como o local do labirinto do Minotauro, embora não existam provas contundentes que confirmem ou desmintam tal especulação. No mito, o Minotauro eventualmente morre pelas mãos do heroi ateniense Teseu.
O "Deus com Chifres" de Enkomi, Chipre.
Após assumir o trono de Creta, Minos passou a combater seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Rogou então ao deus do mar, Poseidon que lhe enviasse um touro branco como a neve, como um sinal de aprovação ao seu reinado. Uma vez com o touro, Minos deveria sacrificar o touro em homenagem ao deus, porém decidiu mantê-lo devido a sua imensa beleza. Como forma de punir Minos, a deusa Afrodite fez com que Pasífae, mulher de Minos, se apaixonasse perdidamente pelo touro vindo do mar, o Touro Cretense. Pasífae pediu então ao arquetípico artesão Dédalo que lhe construísse uma vaca de madeira na qual ela pudesse se esconder no interior, de modo a copular com o touro branco. O filho deste cruzamento foi o monstruoso Minotauro. Parsífae cuidou dele durante sua infância, porém eventualmente ele cresceu e se tornou feroz; sendo fruto de uma união não-natural, entre homem e animal selvagem, ele não tinha qualquer fonte natural de alimento, e precisava devorar homens para sobreviver. Minos, após aconselhar-se com o oráculo em Delfos, pediu a Dédalo que lhe construísse um gigantesco labirinto para abrigar a criatura, localizado próximo ao palácio do próprio Minos, em Cnossos.
Em nenhum lugar a essência do mito foi expressa de maneira mais sucinta que nas Heróidas, atribuídas a Ovídio, em que a filha de Pasífae reclama da maldição de seu amor não-correspondido: "Zeus amou Europa, como um touro, escondendo sua cabeça divina - ela deu origem ao nosso povo. Um fardo e uma punição nasceram do útero de minha mãe, Pasífae, montada por touro que ela enganou." Leituras mais literais e prurientes, que enfatizam o mecanismo envolvendo a cópula em si podem, talvez de maneira intencional, obscurescer o casamento místico do deus na forma de touro, um mythos Minoica que era estranho aos gregos.
O Minotauro costuma ser representado na arte clássica com o corpo de um homem, e a cabeça e rabo de um touro. Uma das formas assumidas pelo deus rio Aqueloo ao cortejar Dejanira é a de um homem com uma cabeça de touro, de acordo com a peça teatral Traquínias, de Sófocles.
Dos períodos clássicos até o Renascimento, o Minotauro aparece como tema de diversas descrições do Labirinto. O relato do autor romano Ovídio sobre o Minotauro, em latim, que não elabora sobre qual metade da criatura era touro e qual era homem, foi a mais difundida durante a Idade Média, e diversas ilustrações feitas no período e depois mostram o Minotauro com uma configuração inversa em relação à sua aparência clássica: uma cabeça e torso de homem sobre um corpo de um touro, semelhante a um centauro. Esta tradição alternativa durou até o Renascimento, e ainda figura em versões modernas do mito, como as ilustrações de Steele Savage feitas para Mythology, de Edith Hamilton (1942).
Androgeu, filho de Minos, foi morto pelos atenienses, invejosos das vitórias obtidas por ele nos Jogos Panatenaicos. Já outra versão do mito afirma que Androgeu teria morrido em Maratona, atacado pelo Touro Cretense, o ex-amante taurino de sua mãe, que Egeu, rei de Atenas, tinha ordenado que ele matasse. A tradição mais comum conta que Minos teria então declarado guerra a Atenas para vingar a morte de seu filho, e saiu vitorioso do confronto. Catulo, em seu relato do nascimento do Minotauro, se refere a outra versão do mito, na qual Atenas teria sido "obrigada pela praga cruel a pagar compensação pela morte de Androgeu." Egeu deve então evitar a praga causada por seu crime enviando "jovens rapazes, bem como as melhores garotas solteiras, para um banquete" do Minotauro. Minos exigia que pelo menos sete rapazes e sete donzelas atenienses, escolhidos através de sorteio, lhe fossem enviados a cada nove anos (ou, segundo alguns relatos, anualmente ) para ser devorado pelo Minotauro.
Quando se aproximava a data do envio do terceiro sacrifício o jovem príncipe Teseu se ofereceu para assassinar o monstro, prometendo a seu pai, Egeu, que ordenaria que o navio que o trouxesse de volta para casa erguesse velas brancas, caso ele tivesse sido bem-sucedido na empreitada, ou velas negras, caso ele tivesse morrido. Em Creta, Ariadne, filha de Minos, se apaixona por Teseu e o ajuda a se deslocar pelo labirinto, que tinha um único caminho que levava até seu centro. Na maior parte dos relatos Ariadne dá a ele um novelo, que ele utiliza para marcar seu caminho de modo que ele possa retornar por ele. Teseu então mata o Minotauro com a espada de Egeu, e lidera os outros atenienses para fora do labirinto. Na viagem de volta, no entanto, ele se esquece de erguer as velas brancas e seu pai, ao ver o navio e imaginar que Teseu estava morto, se suicida, arremessando-se no mar que desde então leva seu nome.